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MAGLORE – 10 ANOS | Uma década mantendo o rock nacional vivo

Atualizado: 25 de fev. de 2021


Lelão, Teago Oliveira, Felipe Dieder e Lucas Oliveira | Foto: Nayara Reynaud

“É sair pra ver o sol de manhã / Entender que o que não volta já foi / Mas, se chover / Eu te empresto um guarda-chuva novo / Valeu, valeu, valeu, valeu, valeu, valeu!”

Foi com muita chuva que São Paulo recebeu o som solar do Maglore em mais um show da turnê de comemoração dos 10 anos da banda soteropolitana. Mas se, hoje, metade da banda já mora na capital paulista, o vocalista e guitarrista Teago Oliveira fez questão de saudar aqueles que enfrentaram o “tempo marciano” e volúvel das terras paulistanas para assisti-los no Sesc Santo Amaro, nesta sexta (15). Depois de se apresentarem no mês passado, no Cine Joia, com a participação especial do amigo Hélio Flanders, do Vanguart, para a gravação de um DVD comemorativo, o hoje quarteto – também formado desde o início pelo baterista Felipe Dieder e contando depois com Lucas Oliveira no baixo e Lelão na guitarra e nos sintetizadores – teve a chance de um encontro mais íntimo com o seu público fiel no palco da zona sul da cidade.

Enquanto tocavam sucessos e músicas queridas de seus quatro álbuns, o líder Teago conversava com a plateia contando “causos” desses 10 anos de carreira. Relembrando a turnê nacional do primeiro disco Veroz (2011), do qual cantou Às Vezes um Clichê logo na trinca inicial que foi aberta por Me Deixa Legal, explicou que a viagem do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte em pouco dias inspirou o segundo trabalho, Vamos Pra Rua (2013), o qual depositavam muita esperança em um tempo de vacas magras. Lançado diretamente no MySpace, sem divulgação profissional e um mês antes dos protestos de junho de 2013 que ajudaram a confundir tudo por causa do título, o álbum é o menos famoso da banda, algo que ainda ressente o vocalista, como confessou aos fãs.

Por isso, além de cantar diversas faixas dele, como Demais, Baby! e Beleza de Você, o também compositor falou da felicidade de saber que Gal Costa “ressuscitou” o disco ao fazer uma versão de Motor em seu novo show. Apresentando a bela música logo em seguida, depois de uma primeira parte dançante, a banda promoveu uma imersão da plateia em seus próprios sentimentos e memórias que abriu espaço para um momento de músicas mais calmas e introspectivas. Uma delas foi a balada Não Existe Saudade no Cosmos, uma das duas canções que tirou do último álbum, Todas as Bandeiras (2017), e em vez de lançar depois, como era pretendido, foi gravada por ninguém menos que Erasmo Carlos, disse Oliveira recontando a alegria ao receber o convite.

Na sequência, veio uma nova leva de músicas animadas, mostrando a Dança Diferente do ato que leva a MPB e um tempero baiano ao rock, que navega entre o indie e o psicodélico, este entrando de vez no terceiro e mais famoso álbum do Maglore, III (2015), que os levaram até ao Lollapalooza de 2016. Isso com letras que falam especialmente de amor, com outros temas transversais, como a saúde mental e o contexto sociopolítico neste cotidiano contemporâneo brasileiro sendo contrapostos por um forte discurso de fé na vida, a exemplo do que expõe Aquela Força e Todas as Bandeiras. As canções vieram nesta parte final, em que a banda encerrou agradecendo ao público falando e cantando Valeu, Valeu e, principalmente, não se fazendo de rogada ao atender prontamente o pedido dos fãs e pular a encenação do “bis” para fazer todos entoarem seu maior sucesso, Mantra, e se renovarem por mais uma década.

 

Maglore – 10 Anos (2019)

Banda: Maglore | Turnê comemorativa

Duração: 90 min | Classificação: 14 anos

Data da apresentação: 15 de fevereiro de 2019 | Local: Sesc Santo Amaro

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